Dê à sua empresa o que ela lhe dá
Eu, por exemplo, trabalho com mais de uma empresa, portanto para mim, não há problema nisso. Penso que a questão é “como trabalhar”. Em primeiro lugar, não sou um “marketeiro vendelhão”, do tipo: “ah, não quer esse projeto, então tenho esse outro”. Ou, “se esse produto não resolver, esse outro resolve”. Longe de mim esse tipo de abordagem! Para falar a verdade, muitas pessoas de meu convívio nem sabem que desenvolvo negócios paralelos. Isso porque alguns deles são 100% online, enquanto que outros realmente estão estampados no meu dia a dia. Não que não trabalhe duro e não vista a camisa de todas as empresas, mas tenho um projeto principal onde concentro a maior parte de meu esforço, evidentemente.
Se você é dono do seu negócio, pode fazer o que quiser
Olhe para o mercado tradicional: as marcas que exigem exclusividade de seus representantes, certamente também o darão uma área exclusiva. Você já viu uma Mc’Donalds colada na outra? Numa revenda da volkswagen, por exemplo, só se deve vender carro novo da volkswagen, por isso, salvo alguma excessão, não se vêem duas revendas dessa marca dentro de um raio mínimo de distância. Já as lojas de seminovos, que não tem exclusividade de ninguém, ou vendem um pouco de tudo ou quebram. Do mesmo jeito é com os supermercados, farmácias, lojas de departamentos, etc. Nenhum deles é loja de fábrica, portanto, devem procurar pulverizar seu leque de produtos se quiserem melhores resultados.
MMN é uma oportunidade de empreendimento, não de emprego
Quando alguma empresa de Network, por pressão ou opção, deixa o mercado, ninguém vai ao socorro de seus distribuidores. Porque, então, os distribuidores devem pensar mais nas empresas do que em si? Se temos a oportunidade de ampliar nosso leque de atuação, de maneira ética e legal e, claro, sem diminuirmos nosso comprometimento com a atual empresa, porque não o fazer? Além disso, como pode uma empresa dizer que ao comprar seu kit terei um negócio próprio e depois me dizer que se eu trabalhar com outra marca perderei o negócio? O negócio era meu ou não era? Penso assim. Mas como falei, isso é minha opinião e pode não funcionar para muita gente. Aí vão algumas regras que sigo para tudo andar em harmonia.
3 premissas básicas para trabalhar com mais de uma empresa de Network Marketing:
1 – Organização: Todo projeto requer foco, você já deve ter ouvido falar muito disso. Mas foco não tem nada a ver com exclusividade, pelo contrário, se procurar no dicionário verá que o explicarão como sendo a convergência de diversos pontos e, inclusive, encontrará menções a “foco primário” e “foco secundário”. Portanto, focar é dedicar a medida de esforço previamente planejada para o que for fazer. Então, organizar-se de maneira a conseguir executar todo o planejado é imprescindível ao desenvolvimento simultâneo de projetos. Caso não consiga organizar-se, é melhor nem tentar.
2 – Distinção: Não dá para trabalhar com empresas do mesmo setor, com produtos concorrentes. Se fizer isso, em algum momento se sentirá mal consigo mesmo.
3 - Adequação: É preciso que todos os projetos se enquadrem no seu plano de trabalho. No meu caso, desenvolvo todos na web, com exessão de um, onde me comprometo a apresentar produtos, viajar, etc. Se não der para encaixar as atividades exigidas pelo novo projeto no seu dia a dia sem comprometer o andamento do projeto anterior, não funciona.
Para quem conseguir seguir estes passos, trabalhar com mais de uma empresa de MMN não é problema. Mas, por favor, não diga ao seu upline que leu isso em meu blog. Assim como muitos “gurus”, ele dirá se tratar de algo extremamente antiético. No entanto, talvez ele esteja a fazer o mesmo nesse exato instante. A maioria dos grandes líderes já fez ou anda a fazer. Sabe porquê? Porque são profissionais de Marketing Multi Nível e não “apaixonados” por determinada empresa. Os apaixonados fazem seu trabalho por amor, portanto, são amadores.